quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Poemando: AO GOSTO DO ÉTER


AO GOSTO DO ETER 

Ao gosto do éter... 
Transcendeste de suéter. 
E no prumo, inda que Beija-flor arteiro... 
Pousaste em meu bagunçado canteiro. 
Abrindo teu coração protetor... 
Fizestes nele minha morada com esplendor. 
E, ainda que distraída. 
Precavida por uma poda que fui ferida... 
Agucei o âmago atrevido... 
No teu vento adocicado sorvido...
Extasiando em nossos néctares enternecidos... 
Degustamos uma culinária de sabores sortidos: 
- Temperança vinda de um reino encantado... 
Que inda menino fora levado!
E neste teu pouso determinado... 
Ignorastes o campo minado... 
Que arredei a haste... 
Da ramagem em desgaste...
Para receber teu sopro de suave agosto... 
Adentrando minh’alma com gosto. 
E das folhas secas caídas que teu sentimento adubou... 
Depois que às ramas quebradas replantou. 
E depois que a árvore destroçada floresceu e frutificou... 
Embevecemos no sumo do desejo... 
Sugando com todo ensejo...
Dourando o paladar de nosso gostar... 
Por uma melodia em sintonia com o nosso desejar. 
E foi em tuas asas que viajei... 
E foi em teu universo que apertei... 
Selando a sublimação...
Na mesma sintonia da nossa dileta canção... 
Jurando ser “para eternidade”... 
Nosso sentir d’além da saudade. 
Brindado por uvas pisoteadas... 
Entre o nunca e o não de luas prateadas! 

Inêz Christina
Brasil 
(10/08/2023) 

©Todos os direitos textual e de imagens são reservados à autora 

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