AO GOSTO DO ETER
Ao gosto do éter...
Transcendeste de suéter.
E no prumo, inda que Beija-flor arteiro...
Pousaste em meu bagunçado canteiro.
Abrindo teu coração protetor...
Fizestes nele minha morada com esplendor.
E, ainda que distraída.
Precavida por uma poda que fui ferida...
Agucei o âmago atrevido...
No teu vento adocicado sorvido...
Extasiando em nossos néctares enternecidos...
Degustamos uma culinária de sabores sortidos:
- Temperança vinda de um reino encantado...
Que inda menino fora levado!
E neste teu pouso determinado...
Ignorastes o campo minado...
Que arredei a haste...
Da ramagem em desgaste...
Para receber teu sopro de suave agosto...
Adentrando minh’alma com gosto.
E das folhas secas caídas que teu sentimento adubou...
Depois que às ramas quebradas replantou.
E depois que a árvore destroçada floresceu e frutificou...
Embevecemos no sumo do desejo...
Sugando com todo ensejo...
Dourando o paladar de nosso gostar...
Por uma melodia em sintonia com o nosso desejar.
E foi em tuas asas que viajei...
E foi em teu universo que apertei...
Selando a sublimação...
Na mesma sintonia da nossa dileta canção...
Jurando ser “para eternidade”...
Nosso sentir d’além da saudade.
Brindado por uvas pisoteadas...
Entre o nunca e o não de luas prateadas!
Inêz Christina
Brasil
(10/08/2023)
©Todos os direitos textual e de imagens são reservados à autora
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