Um escritor, na
propriedade de sua autenticidade, indiferente do que escreve, se escrevendo
liberta a imaginação (sua e do leitor). Mas, se este escreve o subgênero ficção
histórica, em sua honesta tentativa de capturar o espirito e as condições
sociais dos personagens retratados, presta atenção nos pormenores, em busca da
fidelidade histórica. E nesse sentido, procura dar o melhor de si para sua
escrita, quer seja, seus escritos, um artigo ou livro. Por conta disso, além do
assunto que se têm em mente, cujo tema pode estar ligado em apenas uma palavra,
ou pré-definido numa vivência. Ele procura sair da escuridão de sua alma; caminhar
em cais que não caminham multidões; observar o despontar das idéias, como se observa o nascer do dia, enquanto todos
dormem, além do horizonte (linguagem), por outros, ainda não observados.
E nesse caminhar, na
maioria das vezes, requer a retrocessão e retrospecção de seu ser. Essa mudança
que o difere, ocorre sem ele se importar com julgamentos sociais pré-concebidos.
Importa-lhe, contudo, o resultado final de sua obra. E para isso, este vive o
universo literário na sua totalidade, na maioria das vezes, recluso e antissocial.
Cabendo-lhe contatos de interesse conteúdo do continuísmo da sua narrativa literária, verbal ou artística.
E vivo absoluto no universo literário,
viva a literatura por toda eternidade! Por vez que palavras se vão ao léu, como
se vão às pessoas, ao esquecimento.
E começar o dia em paz, pleno e
sereno... antes caminhando pela relva, na natureza do ser, desprovido de
vaidade alguma, descabelado e com vestes de dormir. Tudo pela captura do melhor
ângulo para se apreciar o despontar do sol no horizonte infido, pelo despertar
das palavras concebidas, sem se preocupar com pleonasmos por vir... para em
seguida, ainda da mesma maneira, ao aroma que se exala no ar no seu pequeno
universo físico, sorvendo, enquanto saboreando o café, o Universo visto pela
abertura da porta, agradece, primeiro a supremacia universal – Deus, a vida, a família,
os amigos e parceiros de trabalho, e de modo especial, como que envolvendo-o
num abraço igual o sol abraça o mundo, aquele que lhe proporciona neste
momento, compor a sua mais recente história. Porque sente que o tempo e
presente. E o que se percebe, é que tempo de escritor numa absorção ímpar, se
difere do tempo comum. E é tempo de escritor ou gente, fardado ou desmantelado,
caminhar olhando para a frente. Mesmo que este olhar em tempo presente, seja o
reflexo no espelho do passado.
Lembrando que o maior escritor do
Universo, admitindo ou não, é quem mais nos inspira em todo tempo. É como se
inspirasse a mente de toda gente, escrevendo a história de vida de cada um. E a
vida humana, maior best-seller de todos os tempos, é um sucesso a qualquer
tempo, mesmo daqueles que parecem escritos fracassados!
E se assim eu acredito, vamos
deixar fluir à vida e a escritura da vida, como flui no Universo, o sujeito que
aparenta verso, ou aquele que a todos parece reverso.
____________________By
Cleuta Paixão 💙
Quem escreve
Reparte perguntando a quem serve
Se a idéia da palavra é forte e leve
Sem nada resolver
Nem sim nem não
Reparte perguntando a quem serve
Se a idéia da palavra é forte e leve
Sem nada resolver
Nem sim nem não
Quem escreve
Resume amplificando o dia a dia
Procura mais poesia na poesia
Desmonta construindo
A solidão
Resume amplificando o dia a dia
Procura mais poesia na poesia
Desmonta construindo
A solidão
Quem escreve
Repara sem reparo apenas vê
Agita o pensamento de quem lê
Dá mais caminho ao sonho que
Fugisse
Repara sem reparo apenas vê
Agita o pensamento de quem lê
Dá mais caminho ao sonho que
Fugisse
Quem escreve
Aponta o argumento a entrelinha
A virtude da escrita é ser sozinha
Escrevendo a folha em branco
Que não disse
Aponta o argumento a entrelinha
A virtude da escrita é ser sozinha
Escrevendo a folha em branco
Que não disse
Quem escreve
Destrava o cata-vento que lhe indica
O rumo da leitura que não explica
Escrever é a leitura em movimento
Destrava o cata-vento que lhe indica
O rumo da leitura que não explica
Escrever é a leitura em movimento
Quem escreve
Liberta ainda mais a liberdade
De amarrar as idéias à vontade
Escrever é o tempo todo num momento
Liberta ainda mais a liberdade
De amarrar as idéias à vontade
Escrever é o tempo todo num momento
Quem escreve
Rebenta pelas costuras de alegria
Às vezes tem o nome que não queria
Às vezes tem o nome de escritor.
Rebenta pelas costuras de alegria
Às vezes tem o nome que não queria
Às vezes tem o nome de escritor.
(Compositor: Fernando Tordo - O Escritor)
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