Enfim, depois de percorrer a primeira ponte da travessia para o conhecimento da história da arte, chagamos a nona ponte, e dessa forma vamos relembra o que encontramos desde a primeira travessia.
Desde que iniciamos os caminhos das pesquisas da "História
da arte", atravessando as pontes da Pré-história,
onde registra o aparecimento dos primeiros artefatos tangíveis considerados
arte como arte rupestre e artesanato; da Arte
Antiga, que compreende período da História importante que inicia com a
invenção da escrita, qual aparecem
às primeiras cidades nas margens dos rios, destacando as grandes civilizações,
e ao contrario de períodos anteriores, as manifestações artísticas ocorrem em
todas as culturas e todos os continentes e; da Arte Medieval, que se dá após a oficialização do
cristianismo como religião do Império Romano, a qual por derivar diretamente da
arte romana, trabalha as formas clássicas para interpretar a nova doutrina
religiosa, pulverizando em uma multiplicidade de escolas regionais, com o
aparecimento de formas mais esquemáticas e simplificadas; caminhamos rumo à
travessia da Arte na Idade Moderna, que inicia com o Renascimento,
período de grande esplendor cultural na Europa, onde a religião deu lugar à
concepção cientifica do homem e do universo no sistema do Humanismo. O qual as novas descobertas
geográficas levaram a civilização europeia a se expandir para todos os
continentes e que através da imprensa a cultura se universaliza, e que mesmo
assim, inspira sua arte basicamente à arte clássica greco-romana e na
observação cientifica da natureza. Descobrindo que a continuação do Humanismo produz o Maneirismo,
a disputa entre protestantes e católicos contra reformistas repercutem na arte
sacra e segundo fonte de pesquisa, a emergência de um maior individualismo e um
senso de drama e extravagância, proliferando em inúmeras escolas regionais, seguindo
o período Barroco, fortalecendo
os Estados nacionais, dá origem ao Absolutismo, que reflete em uma arte
suntuosa e grandiloquente, privilegiando os contrates acentuados, o senso de
drama e o movimento, onde firmam grandes escolas em vários países, como na
Itália, França, Espanha e Alemanha. Em sua sequência foi o período Rococó, que com formas leves e
elegantes, privilegiando o decorativismo, a sofisticação aristocrática e a
sensibilidade individual. Ao mesmo tempo firmava a corrente do Iluminismo,
pregando o primado da razão e um retorno à natureza. Emergindo ao final do
século duas correntes opostas que dominaram até meados do século XIX, sendo
o Romantismo, enfatizando a
experiência individual do artista, com obras arrebatadas, visionarias e
dramáticas, chegaremos ao conhecimento ínfimo que seja, mas assertivo que a
"História da arte" é uma ciência multidisciplinar e que procura
estudar de modo objetivo a arte através do tempo classificando as diferentes
formas de cultura, estabelecendo a sua periodização e salientando as
características artísticas distintas e as influentes.
E atravessando todas essas pontes é que confirmamos que o
estudo dessa ciência chamada "História da arte" teve inicio durante o
renascimento, limitando ainda à produção artística da civilização ocidental. O
que ao longo do tempo foi se impondo o alargamento sob a perspectiva dos seus
próprios valores culturais, de uma visão da história artística de todas as
civilizações.
E que na atualidade desfrutamos de uma amplitude de
estudos, onde se percebe ainda deficiente em difusão e preservação, por falta
de consciência de gestão administrativa e do público que em sua maioria tem
ausência de formação cidadã para a compreensão da importância do legado
artístico para a história da humanidade, conforme já exposto por mim mesma, em
outras postagens que abordam a temática nesse Blog.
Do mesmo modo, que as artes visuais, sendo ela classificada da
forma que for, desde a distinção medieval, conhecida como artes liberais e as
artes mecânicas, até a distinção moderna entre belas artes e artes aplicadas,
ou ainda, às várias colocações contemporâneas, que definem arte como
criatividade humana, quer seja ela com proposito estético ou comunicativo,
enquanto expressão de ideias, emoções ou formas de ver o mundo e que estão
presentes nas atividades diversas e na produção que em seu alargamento de lista
das principais artes durante o século XX definiu que são elas onze: a
arquitetura; a dança; a escultura; a música; a pintura; a poesia definida em
sentido lato como forma de literatura com um proposito ou função estética, o
que inclui também o teatro e a narrativa literária; o cinema; a fotografia; a
banda desenhada; o designer (moda, gastronomia e gráfico) e; as artes gráficas
(vídeo, arte digital, performance, publicidade, animação, televisão e os jogos
de computador).
E que foi no século XX, segundo fontes de pesquisas, onde se
assistiu a proliferação dedicada à análise e catalogação de obras de arte e
exposições destinadas ao público em geral, de instituições, fundações, museus e
galerias, tanto no setor público como no privado. Desenvolvendo dessa forma, a
difusão da arte por meio de eventos internacionais como as bienais de Veneza ou
de São Paulo e que vieram a contribuírem bastante para a formação de novos
estilos e tendências, como os prêmios e Óscares.
Contudo, chegamos até aqui com a certeza que é possível atualmente
identificar os responsáveis por estas criações que inicia com o Renascimento, atravessando correntes de
movimentos já supracitados até chegar à Arte Contemporânea, que tem suas bases lançadas entre
meados do século XIX e inicio do século XX, e que segundo fonte de pesquisa, se
caracterizou por uma forte ênfase no questionamento das antigas bases da arte,
propondo-se a criar um novo paradigma de cultura e sociedade e derrubar tudo o
que fosse tradição. Enfaixando e rotulando as vanguardas de modernismo, e desde
então elas sucedem cada vez com maior rapidez, chegando aos dias de hoje a um
estado de total pulverização de estilos e estéticas, que se dialoga, se
influenciam e se enfrentam mutuamente.
Marcando esta fase no terreno político pelo fim do
absolutismo e a instauração dos governos democráticos, e no campo econômico, a
Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo, que tiveram respostas nas
doutrinas de esquerda como marxismo, e nas lutas de classes. Onde na arte o
período que tipifica é a multiplicação de correntes diferenciadas como o Realismo,
o Impressionismo, o Simbolismo
e o Pós-impressionismo.
Surge também nesse período uma tendência de solicitar a
participação do público no processo de criação, e incorporar ao domínio
artístico uma variedade de temas, estilos, práticas e tecnologias antes
desconhecidas ou excluídas. E são as principais tendências: art nouveau,
fauvismo, pontilhismo, abstracionismo, expressionismo, realismo socialista,
cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, funcionalismo, construtivismo,
informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de ação (performance, happening,
fluxus), instalação, videoarte, op art, minimalismo, arte conceitual,
fotorrealismo, land art, arte povera, body art, arte pós-moderna,
transvanguarda. Neoexpressionismo.
E essas tendências que buscaram um novo paradigma de
cultura e sociedade, a meu ver, e essa é uma opinião bastante pessoal,
concebida pelos anos estudo das belas artes e do convívio com os que se
intitulam artistas contemporâneos, nada mais são estes os sujeitos que se
ausentam em definitivo da concepção do saber adquirido pelo conhecimento amplo
da História da construção Universo físico na totalidade do espaço e tempo, de
modo que eles surgem pela falta de conhecimento acadêmico, estética e qualidade
de produção. Até porque, para se chegar ao conhecimento máximo e a perfeição da
obra criada e construída, há de haver anos dedicados aos estudos e pesquisas. E o resultado da derrubada da tradição
é que este século presente é marcado pela produção do lixo generalizado concebido
como arte, em todas as culturas.
Finalizo minha contribuição compartilhando ao vosso
deleite um pouco de conhecimento. Antes, porém, lembrando que só se pode passar pela Arte, intitular-se
artista ou estudioso da arte, se minimamente que seja conhecer a "História
da arte".
By Cleutta Paixão, pseud. Inêz Christina
(28/09/2013)
Recomendo assistir no canal https://youtube.com/@cleuttapaixao


Nenhum comentário:
Postar um comentário
Nossos passos sempre nos levarão pela fé no criador a construção efetiva dos sonhos e realização de projetos. Acredite!
Peço a gentileza para que ao utilizar imagem ou texto da minha autoria indicar o respectivo link de direcionamento e nenhum conteúdo poderá ser utilizado para fins comerciais.