quarta-feira, 25 de junho de 2025

Poemando: Ode a SAUDADE MATERNA

Poema Ode a SAUDADE MATERNA


A solidão, que no casarão de nossa mãe, 

Em harmonia, com a saudade compõe, 

Uma suave melodia, um arranjo do nada, 

Serena, também se fez morada. 


O dia cansado, pressente a noite cair, 

Em seu último efã, se prepara para dormir, 

Baila nos céus, nuvens de pássaros, 

Que vem e que vão, soprando espaços. 


O sol, anoitecido, rosicler no horizonte, 

Sorri, sonho de boa noite, reluz no monte, 

Sutilezas em cores que encantam, 

Magia que tristezas espantam. 


Aprecio a lua, que se ergue amiga, 

Imponente, entre véus, sua nudez abriga, 

No céu profundo, estrelas se acendem, 

Encobre o mundo, mistérios se escondem. 


Canto noturno, lembrança doce aperta, 

Nosso lar que já foi palco de risadas, 

Ecoa vozes, imagens em face deserta, 

- Corredores de memórias guardadas. 


Eu, me ambiente nesse espaço alheio, 

Num ambiente que nunca foi meu, floreio, 

Sinto as sombras que dançam pela sala, 

- Nem tudo é perfeito, a dor da falta exala. 


Em cada cômodo, um trecho do passado, 

Tempo ido, pela luz da memória iluminado, 

Resplandece na luz que nunca se apaga, 

O Brilho não encerra, reluz, a alma afaga. 


Um abrigo, onde o amor perdura, 

Sigo entre lágrimas, nessa estrada dura, 

O caminho pacificador trilho, com receio, 

A paz ainda é minha procura, mas sinto que a vida ficou sem freio. 


Devemos fazer como deve ser feito, 

Não tem uma fórmula, ou um outro jeito, 

Só o amor, depois que mamãe morreu.

Saudade materna, céu que em nosso viver escureceu. 


Internacional Copyright© for Literary and Visual Author Cleutta Paixão 

Brazil 🇧🇷 

25.06.2025

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