Poema Ode a SAUDADE MATERNA
A solidão, que no casarão de nossa mãe,
Em harmonia, com a saudade compõe,
Uma suave melodia, um arranjo do nada,
Serena, também se fez morada.
O dia cansado, pressente a noite cair,
Em seu último efã, se prepara para dormir,
Baila nos céus, nuvens de pássaros,
Que vem e que vão, soprando espaços.
O sol, anoitecido, rosicler no horizonte,
Sorri, sonho de boa noite, reluz no monte,
Sutilezas em cores que encantam,
Magia que tristezas espantam.
Aprecio a lua, que se ergue amiga,
Imponente, entre véus, sua nudez abriga,
No céu profundo, estrelas se acendem,
Encobre o mundo, mistérios se escondem.
Canto noturno, lembrança doce aperta,
Nosso lar que já foi palco de risadas,
Ecoa vozes, imagens em face deserta,
- Corredores de memórias guardadas.
Eu, me ambiente nesse espaço alheio,
Num ambiente que nunca foi meu, floreio,
Sinto as sombras que dançam pela sala,
- Nem tudo é perfeito, a dor da falta exala.
Em cada cômodo, um trecho do passado,
Tempo ido, pela luz da memória iluminado,
Resplandece na luz que nunca se apaga,
O Brilho não encerra, reluz, a alma afaga.
Um abrigo, onde o amor perdura,
Sigo entre lágrimas, nessa estrada dura,
O caminho pacificador trilho, com receio,
A paz ainda é minha procura, mas sinto que a vida ficou sem freio.
Devemos fazer como deve ser feito,
Não tem uma fórmula, ou um outro jeito,
Só o amor, depois que mamãe morreu.
Saudade materna, céu que em nosso viver escureceu.
Internacional Copyright© for Literary and Visual Author Cleutta Paixão
Brazil 🇧🇷
25.06.2025
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