segunda-feira, 31 de julho de 2023

Poemando: NOVENTA DIAS


NOVENTA DIAS 

Se ousássemos a contempo... 
Calcular o tempo... 
Desde a gestação... 
A amamentação.
O tempo da infância protegida... 
A juventude transgredida.
O tempo de adulta... 
Usufruindo tua amizade e teu exemplo de conduta. 
O tempo de distanciamento... 
Ao tempo do preciso isolamento. 
O tempo de tua solidão
(Em muitos momentos com sofreguidão)...
Não terias sentido teus ausentes dias... 
Nem tua ausência em Noventa dias! 
Não sentias ser eternidade... 
Este tempo de saudade! 
Não murcharia a floração dos dias... 
Ainda que o sol em nosso florescer irradias!
Ah! Doloridos Noventa dias... 
Incontáveis lágrimas desde o lacre não escorrias! 
Ah! Floreira podada há Noventa dias... 
Num plantio dedicado por memória decorrias. 
E que não se perca na injusta mágoa... 
Toda nossa desagua... 
Do elo ramificando de tua ramagem
(Tua prole em folhagem). 
Sejas no solo divino árvore de raízes afincadas. 
E sejas tuas ramas unificadas! 
Sejas teus frutos saborosos... 
E sejas teus vínculos por essências amorosos. 
Sejam o sumo nutritivo... 
De viveres interativo! 
E sejas nossas lágrimas a rega da tua honra. 
E sejas nosso sentir gratidão por teus dias na terra! 
E sejas em cada um dos teus frutos o sabor da amor que impera... 
A harmonia na floreira que vivera! 
Porque hoje de tudo que importa é o amor... 
Que ainda que distante deixa no peito imensa dor! 
Amor que não fecha a porta para o irmão... 
Nem de querer viver em união! 

Cleutta Paixão
Brasil 
(30/07/2023) 

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