terça-feira, 7 de setembro de 2021

Poemando: INDEPENDÊNCIA APRISIONADA

INDEPENDÊNCIA APRISIONADA 

Independência do Brasil declarada fostes, 
independente do Império Português,
sete ser o dia e setembro o mês, 
ano mil oitocentos e vinte e dois seres, 
- O grito do Ipiranga soares aos ares...

Tempo envelhecido intento permear, 
(cento e quarenta e dois anos passar), 
para o ano mil novecentos e sessenta e quatro chegar,
ano do Golpe Civil-Militar ao poder retomar, 
Independência aprisionada ser à ditadura militar... 

Coincidência em sessenta e quatro não ser, 
“Confusão”, filha do Conflito progênie ater, 
da submissa flor Obediência nascer, 
dividida entre liberdade e opressão crescer, 
sob censura, execuções e sequestros viver... 

Independência aonde estás, Confusão queres saber:
se ausência de relação ser enganação do Ser; 
se autonomia política não se ter; 
se bem-estar e boa condição material restrito conceber; 
se caráter autónomo de liberdade desprover? 

Independência aonde estás, Conflito queres saber: 
se sem correntes políticas e religiosas sua gente não viver; 
se estado és laico e não parecer; 
se são dos que sonegam a nação fortuna e poder; 
se ideias preestabelecida a massa operante repreender? 

Independência aonde estás, Obediência queres saber: 
se influenciador imparcial abuso criminal cometer; 
se liberdade ameaçada está mais que parecer; 
se prosperidade distante estás do trabalhar obter;  
se soberania nacional és fadada ao mal fazer? 

Independência aonde estás, Brasileiros queres saber: 
se sem regras o gestor governar querer; 
se democracia que prometer corromper;  
se abuso criminal intenta golpe fatal cometer; 
se sete de setembro de dois mil e vinte um aprisionar romper????

Independência aonde estás a nação queres saber:
se nas ruas sem-teto sem escolher viver; 
se margeando a dignidade casebres em morros acrescer; 
se doença, fome e desemprego escraviza o povo ao poder; 
se política social não se cumpre fazer?
 
Cleutta Paixão 
Alto Araguaia, Mato Grosso, Brasil
(07/09/2021)

Todos os direitos são reservados à autora Cleutta Paixão. Sendo expressamente Proibido a reprodução de partes ou do todo desta obra sem citar autoria, ou autorização expressa e assinada em doc. (art. 184 do Código Penal e da Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998).

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