Confesso!
Ei de confessar ao universo
Uni diversos fazedores de verso
Ser ciente de nada saber
Ser duvidosa do parecer
Ser criança a envelhecer
Ser aprendiz do querer aprender
Ser idosa sem velha ser..
Confesso!
Anseio desde menina
Declarar a própria culpa
Se minha não sei, nem saberei
Se Deus perene ser
Não condenar a humanidade
Quão saber ser os dominadores no mundo
Enganadores dos povos nas nações...
Confesso!
Não pelo sacramento da penitência
Que burlei ao confessor
Nem pelos pecados que pareciam ser
Se não os revelei
Por vezes que em dúvida fiquei
Ser tais atos pecadores ou seriam
Ímpetos inversos do viver...
Confesso!
Pecar por vezes que questionar
Se há de absolver o penitente
O confessor, se igual és homem pecador
Vivente de luxuria aparente
Enganador na fé que coloca fiéis distante
Crendo o criador só alcançar
Por santos interventores...
Confesso!
Faço-te, eminente confissão
Tamanha confusão fazer do viver
Em difícil ser o simples parecer
Inda que aprender ser ancião
O idoso de idade avançada
Admirável e respeitado pelo saber
Se ancião ser o idoso pelo tempo de viver...
Confesso!
Minh’alma inda criança
Sentia anciã ser pelo pensar conceber
E com anciões querer conviver
E conceber jovem ancião nem antigo ser
Nem antiquando ou fora de moda
O idoso que jovem julga ser
O espírito cheio de viver querer...
Confesso!
Em ínfimo compreender a se ter
Idade adulta ser alcançar maturidade,
Estado ou condição de estrutura ter
Inda que ser estágio adulto contradizer
Plenitude em arte saber
ou idade adquirida o idoso ter
Se ao partir da vida diploma não receber...
Confesso!
Para o aprender fim não há de ter
E não há de caber confusão sofrida
Ser idoso o período de vida entre juventude e velhice
Se há jovens experientes
E há idosos sem nada saber
Inda que ser idoso ser
Quem tem muitos anos de vida...
Confesso!
Se não há métrica
A medir a existência da vida
Ao se ver jovens velhos
Achando tudo saber
E velhos jovens querendo aprender
Sentindo nada saber
Como Eu e você.
Cleutta Paixão
Alto Araguaia, Mato Grosso, Brasil
(28/07/2021)
Todos os direitos são reservados à autora Cleutta Paixão. Sendo expressamente Proibido a reprodução de partes ou do todo desta obra sem citar autoria, ou autorização expressa e assinada em doc. (art. 184 do Código Penal e da Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998).
Este Poema compõe o Livro Parte de um TODO “Textos Poéticos”- primeiro da série relatos poéticos, poemas, crônicas e contos que compõem a Coletânea “Totalidade” de autoria de Cleutta Paixão (pseudónimo Inêz Christina), lançamento previsto para dezembro de 2021.
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