DIAS DE PRANTOS
Oh! Dias de prantos,
Dizia ser gripezinha,
E chegou agarrando gente,
E gente relutou com ou sem sequelas,
Gente da morte acordou!
Oh! Dias de prantos,
Dizia ser maricas,
Gente que não confrontou,
E tem gente que se resguardou,
E maricas vivo ficou!
Oh! Dias de pranto,
Dizia que gente morre todo dia,
Gente morrer devia não temer,
E pela pátria demente vejo,
Gente morrendo em agonia!
Oh! Dias de prantos,
Não era a gripezinha que dizia,
Era desde o início pandemia,
E o tempo que no tempo ficou,
Entristecidos dias de prantos!
Oh! Dias de prantos,
Dias de desencantos,
Nos tempos de tristezas infindas,
Submergidos em dores,
E em prantos arrependidos!
Oh! Dias de prantos,
Em perdas pandêmicas,
Vidas pela pátria desprotegidas,
Engambeladas na ineficácia,
Do receituário do Doutor achismo!
Oh! Dias de prantos,
Na era do vírus
E da cegueira do mitismo,
Que gripezinha do achismo
Não é nem era no começo!
Ih! Dias de prantos,
Clínicas vazias e hospitais abarrotados,
Furtando o direito de gente,
Doentes graves serem tratados,
E a morte essa gente segue levando!
Oh! Dias de prantos,
Dias de Dores infindas,
Trazendo de volta a menina,
E povoamento do lembrar,
Do que é proteger um ser!
Oh! Dias de prantos,
Dias de acalentos eram,
Dormindo serena protegida,
Confiava a mão segurar
E ia para qualquer lugar!
Oh! Dias de prantos,
Com nossos protetores,
Voar cegamente aos céus,
Dentro de um pequeno avião,
E nas ideologias ainda se em vão!
Oh! Dias de prantos,
Em tempo presente confiar,
Em quem devia proteger a nação,
É descer a cova num caixão lacrado,
Sem despedidas e o último adeus!
Oh! Dias de prantos,
Se não é por nós Deus,
Que livra os meus,
Da contaminação e quando não,
Das sequelas ou fatalidades!
Oh! Dias de prantos,
Se só Deus é por nós,
Diuturnamente ajoelho,
Ansiando ser seu espelho,
Espelhar amor e gratidão!
Oh! Dias de prantos,
Das lágrimas espelho o tempo de menina,
Na proteção daqueles que junto a Deus estão,
E aqueles que na terra permanecer
O futuro há de a Deus gratidão!
Autora Cleutta Paixão
(07.03.2021)
Todos os direitos são reservados à autora Cleutta Paixão. Sendo expressamente Proibido a reprodução de partes ou do todo desta obra sem citar autoria, ou autorização expressa e assinada em doc. (art. 184 do Código Penal e da Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998).
Este Poema compõe o Livro Parte de um TODO “Poemas”- primeiro da série relatos poéticos, poemas, crônicas e contos que compõem a Coletânea “Totalidade” de autoria de Cleutta Paixão (pseudónimo Inêz Christina), lançamento previsto para dezembro de 2021.
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